design humano: centros receptivos e doadores entenda

O Design Humano oferece um sistema profundo para a compreensão da nossa composição energética individual e relacional e os centros desempenhando um papel central nesta estrutura. Os centros no sistema do Human Design se relacionam aos centros do sistema hindu (7 centros) mais 2 centros que se originam da repartição de outros dois do sistema hindu (centro cardíaco e plexo solar).

Cada centro representa um aspecto diferente relacionando-se ao físico, emocional e espiritual, fornecendo informações valiosas sobre nossos pontos fortes, desafios e áreas de crescimento. 

Neste artigo exploraremos o significado do conceito “aberto/indefinido” ou receptivo e “fechado/definido” ou doador.

Centros abertos, indefinidos ou receptivos

Devemos entender que os centros “abertos” são pontos aos quais fomos aprendendo a adaptar-nos, de certa forma, esta abertura e receptividade nos proporcionou uma certa inconstância na forma como exprimimos o tema relacionado ao centro. Estando sempre “abertos” para receber algo - como se fora um receptáculos que recebe e amplifica a energia externa - o ponto mais importante é saber que não podemos manter o mesmo ritmo ou dinâmica, porque não é constante, o vazio quer voltar a esvaziar-se. É como se este aspecto seu fosse camaleônico, sempre experimentando novas formas, contornos e nuances.

O perigo desta “abertura” é que podemos nos confundir, buscar um ponto de estabilidade e tomar uma identidade que na realidade não é nossa - se fomos educados para exaltar uma habilidade em detrimento da outra, naturalmente vamos buscar nos fixar naquilo que nos foi ensinado como ideal e deixamos de lado a exploração e abertura que é natural para vivenciar. Identificar-se com um aspecto que não é nosso ou forçar algo que não nos é natural drena nossa energia e nos traz confusão e desconexão de quem realmente somos. Recorde, o vazio quer sempre voltar a estar vazio.

O aspecto luminoso desta abertura é que fornece espaço para a exploração e imersão sobre aspectos que não lhe são familiares, é compreender que a riqueza da vida está em sua heterogeneidade, as diferenças e complexos de cada qual - e saber que isso é passageiro. Robin Winn, uma conhecida autora sobre Design Humano, nos ensina que o centro aberto é o “portal de Deus” a abertura ensina possibilidades, mas não tenta limitar o espaço vazio e imenso, este vivencia a beleza do momento - toma, experimenta e solta.

Centros fechados. definidos ou doadores

Os centros “fechados”, “definidos” ou doadores são energias que se caracterizam por sua constância, é dizer, projetamos e transmitimos de uma forma determinada este aspecto ao externo, portanto, vamos considerar esta energia familiar. Familiar no sentido que vamos nos sentir “seguros” e mais constante na forma como expor e transmitir o tema do centro definido - vamos buscar uma identificação com esse aspecto nosso porque parece ser mais estável. É como se essa energia “contaminasse” os demais ao seu redor, você pode sentir que reconhece aspectos seus nos outros quando está junto a outras pessoas. Portanto, aquilo que é “definido” é o que está constante e reconhecido.

O aspecto perigoso desta energia é que de certa forma você se identifica e toma uma habilidade como sendo correto e verdadeiro, apesar de diferentes aspectos e possibilidades, a pessoa pode sentir que a forma que possui de fazer algo ou um comportamento específico é a único aceitável - esta pessoa pode se tornar inflexível em relação ao tema do centro e tentar forçosamente converter os outros.

A benção deste aspecto é que se aprende a confiar em si mesmo, projetar estabilidade e confiança aos demais, sem querer forçar o outro a seguir o mesmo caminho que o seu, naturalmente compreende a beleza de ser quem é, se mantém firme e decidido em seu caminho, pois o sente assim. É saber conviver com as diferenças e estabelecer seus limites em relação aquilo que pensa estar correto para si mesmo. É ser e deixar os outros serem.

Centros como forma de autoconhecimento

Quando compreendemos melhor os temas que se relacionam com os centros entendemos melhor como estamos envolvidos na dinâmica deste tema. Há sempre um aspecto amplo e outro limitador de um mesma tema e energia, ou seja, a mesma energia pode ser apresentada em dois aspectos diferentes - em equilíbrio e desequilíbrio - e dentro do desequilíbrio encontramos ainda a forma reativa e repressiva.

Entender o funcionamento psicossomático não requer estudar com profundidade este tema, senão o suficiente para que você possa recondicionar a sua mente para que ela possa reconduzir a forma a qual você vem manifestando a sua realidade.

Se conhecimento é poder, eu diria que o autoconhecimento é um super poder! 

Portanto, quando você percebe que está repetindo padrões, não está satisfeito com a vida, atrai situações que te machucam, se relaciona com os outros e consigo mesmo de forma tóxica, atrai certas situações e pessoa para perto de si que não estão alinhadas com você - o primeiro passo é fazer uma auto análise e perceber, em si mesmo, pontos que você deseja transformar e lapidar em si.

Saber sobre os temas do Design Humano é interessante porque você poderá notar algumas crenças limitantes ou condicionamentos que você vem repetindo, porque naturalizou um comportamento nocivo que diverge da sua alma.

Este é o momento de romper com a história que você vem contando para si mesmo que fortalece a referência que não está digna e alinhada com o seu crescimento próprio. É criar um novo molde, uma nova referência com base em conceitos que te alinham ao crescimento que você quer sentir e vivenciar.

No próximo artigo, vou falar especificamente sobre os temas dos Centros, a fisiologia relacionada com cada Centro, os aspectos mais sutis e com toda certeza você irá extrair alguma nova informação sobre si mesmo.

Se você tem curiosidade em se aprofundar mais sobre este tema, continue no blog e prossiga com a leitura ! :)

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